quarta-feira, 12 de março de 2014

Escrever por escrever.


Estou só a escrever porque sinto essa necessidade assim mesmo como se a minha vida dependesse disso.

Dizer o que me vai na alma!

Faleceu hoje o meu avô paterno.

Não falava com ele desde  morte da minha avó (há quase 7 anos)!

(esta é a parte é que toda a gente me acha um monstro - quem achar isso pode parar de ler por aqui. Obrigada)



Recebi a chamada e embora não tivesse ficado indiferente à notícia, simplesmente não reagi. 
Não reagi porque não sei como fazê-lo.

Não é por ter morrido que vou dizer ao mundo que ele era um santo, o melhor avô do mundo blá blá blá. Seria simplesmente ridículo, hipócrita e outras quantas coisas!

Já tive vontade de chorar umas 10 vezes em 2 horas, apenas e só porque partilhamos o mesmo ADN, porque sem ele o meu pai e os meus tios não teriam nascido e por aí fora!
Apesar de o meu Pai e o meu avô não se entenderem, um Pai é e será sempre um Pai, e tenho muito respeito e consideração pelo meu que merece este mundo e o outro por ser tal como é, e acabou de perder o pai dele!

Estou revoltada/triste/aborrecida/zangada, porque é apenas nestas situações, que a família se reúne na totalidade, porque quase só telefonamos uns aos outros para aniversários e desgraças, e por aí adiante (tinha conversa sobre isto que nunca mais acaba).

Estou revoltada/triste/aborrecida/zangada, porque pessoas que me faziam mesmo falta já partiram e estes momentos fazem-me sentir 'feita num caco'.

Estou feliz/contente porque os meus pais vêm cá para a ocasião fúnebre, OK o motivo do reencontro não é o melhor mas vou estar com os meus pais que não vejo desde o mês de Agosto e isso sim deixa-me feliz!

Estive ao telefone com a minha prima e expliquei-lhe como me sinto, ela sente-se igual... Ufa, ao menos não sou a única, não que isso fizesse muita diferença, mas assim não me sinto tão 'monstruosa'!



6 de Março de 2014


Sem comentários:

Enviar um comentário